terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O que é suficiente?


Há muitos e muitos anos, durante a guerra, uma pequena fazenda na Hungria foi invadida três vezes por três exércitos diferentes.

Perto do final da guerra, no inverno, apenas três dias antes do Natal, chegou ainda mais um exército e carregou praticamente todos os que restavam para campos de trabalhos forçados.

Os outros foram levados, marchando, até a fronteira, sendo ali deixados sem sapatos e agasalhos.
Por um milagre, uma das velhas conseguiu se esconder na floresta.

Assustada e aflita, ela perambulou pela mata por horas intermináveis, tentando num instante ficar negra como um tronco de árvore e, no instante seguinte, branca como a neve.

Ao seu redor, apenas a noite estrelada e, de quando em quando, o som da neve caindo das árvores.

Com o tempo, ela chegou a um pequeno barracão do tipo usado por caçadores.

Encontrando-o vazio, ela entrou e se deixou cair no chão, aliviada.

Foram apenas momentos até ela perceber que ali na cabana, na penumbra, havia mais alguém.

Era um homem muito velho, cujos olhos estavam cheios de medo. Mas ela soube imediatamente que ele não era seu inimigo.

Num instante ele percebeu que ela também não era sua inimiga.

Para dizer a verdade, os dois eram mais esquisitos do que assustadores.

Ela usava calças de homem, curtas demais, um casaco ao qual faltava uma das mangas e um avental enrolado na cabeça à guisa de chapéu.

Quanto ao homem, suas orelhas eram de abano, e o cabelo se resumia a dois tufos brancos.

As calças eram como dois balões com uns gravetinhos de perna dentro delas.

Seu cinto era tão grande que lhe dava duas voltas na cintura.

Ali ficaram eles sentados, dois estranhos sem nada de seu, privados de tudo, a não ser das batidas do coração.

Ali estavam eles, dois refugiados atentos para ver se ouviam passos na neve; duas criaturas prontas para fugir no instante necessário.

E, juntos, carregavam toda essa mágoa numa noite belíssima na qual, em tempos normais, as pessoas de toda parte estariam celebrando, ao seu próprio modo, o apogeu do Natal e a volta da Luz abençoada ao mundo.

Estava claro pelo jeito de falar do homem que ele tinha muito mais instrução do que a mulher.

Mesmo assim, ela ficou grata quando afinal ele disse:
- Deixe-me contar uma história para passar a noite.

Ah, uma história, algo conhecido.
Na época em que viviam, nada, mas absolutamente nada, fazia sentido.
Já uma simples história - isso ela podia compreender.
Eis a história que ele narrou....

"O que é suficiente?"
e tornou aquela noite diferente de qualquer outra passada ou futura

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008


Na minha cidade os escravos jantam sempre as 21h. É a hora que dá para chegar da lavoura.

Às vezes eles jantam um pouco mais tarde porque fazem uma parada para acalmar os nervos, se embriagando um pouquinho...

Os escravos também fazem compra.

O consumo anestesia uma necessidade outra.

Na minha cidade tudo é efêmero.


Há momentos em que as palavras não passam de meros ruídos inúteis.....

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

TIRINHAS DO RAMIREZ


Não precisa falar mais nada, né?

domingo, 14 de dezembro de 2008

Queimada



Meu coração dói

sábado, 6 de dezembro de 2008

..........


Quero ser poesia
Poema em flor
Florema
Espaço entre
Dilatação
Respiração
Silêncio
Que fala
Que canta

poema de louca

To escrevendo a minha história
Sou Bruxa
Sou Fada
Sou Puta
Sou Foda
Sou Medo
Me espanto
Me espremo
E vejo
Que as vezes eu
Sumo
E outras eu
Grito e sinto
que brocha
é um pincel

sábado, 29 de novembro de 2008

Foto: Denise Cruz
Somos responsáveis pela nossa própria felicidade, mas, para consegui-la, primeiro temos que aprender a nos tornarmos livres. Aprender sobre liberdade é a lição mais grandiosa de nossas vidas: liberdade em relação às pessoas e circunstâncias, libertação de nossas limitações e de nossa negatividade, libertação das organizações e, mais que tudo, libertação de nossas fraquezas.


Do livro: Consciência é a resposta, de Robert Happé


A razão cardeal de toda a superioridade humana é sem
dúvida a vontade. O poder nasce do querer. Sempre que o
homem aplica a veemência e perseverante energia de sua
alma a um fim, ele vencerá os obstáculos, e se não atingir o
alvo, fará pelo menos coisas admiráveis.
José de Alencar

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Pó para voar


Esse é o nome da história criada coletivamente pelo Grupo Parampará....

Esse é um pó inventado pelo Sr João Pássaro, um pássaro muito esperto

Não, não é aquela farinha...

É farinha de fazer bolo que tem efeito placebo

Os pássaros não estavam mais voando alto, nem por muito tempo.....

Por causa da poluição


Venha conhecer mais um pouquinho dessa história dia 29 de novembro, as 15horas, na livraria Panapaná... quase Parampará. Uma livraria infantil maravilhosa que fica na Vila Mariana


Beijocas da Arabela da Fita Amarela e da Marcela que ficou banguela quando era mais tagarela

domingo, 26 de outubro de 2008

Não sou eu quem me navega, quem me navega é o mar....


Puxa, contar histórias é tão gostoso quanto banho de mar

LEmbrei de uma música:

A água do mar é verde

É verde como limão

A sorte quem dá é Deus

A sina se traz na mão.....

Já estou com saudades do festival de contação de histórias

Já estou com saudades das meninas

MEninas doces

Nossa! Ter a Hilda Maria por esses dias foi um presente


Panelinha Machado de Assis


Foi uma delícia contar Um Apólogo na Rato de Livraria

Conversar com o Elcio foi um presente

Ver os sorrisos é uma dádiva

Um beijo grande para a Paula e a Viviane!

sábado, 25 de outubro de 2008

Gente fina, elegante e sincera



O título é da fina flor (Mônica Montone), quem fala sou eu

domingo, 28 de setembro de 2008

Onde estão os vivos?

A gente escolhe o que quer ver: o sol ou as nuvens....
Hoje estavamos debatendo um texto do Brecht. Fiquei refletindo sobre a nossa (in) sensibilidade.
Quantas coisas passam diante da gente e não enxergamos por pura cegueira, ou por opção.
Nas ruas, é mais cômodo não enxergar os miseráveis....
Nas esquinas é mais cômodo não ver o garoto fumando craque, passando droga.
É mais cômodo não saber em quem votar por conta do senso comum que diz: nenhum político presta, todos são corruptos.
É mais cômodo acostumar-se com a sua situação de assalariado, que ganha só para pagar as contas do que batalhar por melhores condições.
É mais cômodo dizer: sempre foi assim
É mais cômodo deixar as coisas como estão porque a mudança exige coragem, movimentação, motivo para a ação...
E quantos estão mortos.......
Lembrei de um trecho do filme Sexto Sentido, onde o garoto diz: eu vejo pessoas mortas
Onde? A todo instante.
Acorda!

Memórias que me aquecem


A pastilha cor de rosa

Esse conto surgiu partindo de um trecho do texto "Medo da Eternidade" de Clarice Lispector

Eu caminhava confuso naquela rua escura, mas cheia de neons. Com as mãos no bolso, tateava minhas moedas tentando reconhecer o valor impresso de cada uma delas com o objetivo de conferir quanto dinheiro eu tinha disponível para aquela aventura. Era pouco, mas minha motivação era maior, o que me possibilitou agir em busca do meu objetivo.
Fui subindo a ladeira, saboreando o perfume doce que o vento trazia repleto de vozes macias e aveludadas.
A paisagem, apesar da rua escura, era aos poucos descoberta pelas luzes de néon que revelavam cores fortes e de diferentes texturas, e as curvas que eram desvendadas pelo tecido grudado à pele.
Fiquei ali, parado num canto ao lado de um edifício escondido entre poucas árvores sobreviventes daquela cidade cinza. Na espreita observava com a boca cheia de saliva, sentindo espuma e sangue nos lábios.
E a mais bela de todas as raparigas sorriu para mim com seus lábios rosados.
Por alguns instantes fiquei ali, imóvel, congelado por aquele sorriso de mulher experiente.
Apertei minhas moedas no bolso tentando conferir quanto eu tinha para comprar a passagem daquela aventura. Temi que ela não aceitasse....Fechei os olhos e em silêncio fiz um pedido.
Quando acordei estava ali deitado naquela cama estreita, com cheiro de alfazema no ar.
(...) Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre.(...) E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocente, tornando possível o mundo impossível do qual já começara a me dar conta (....)

sábado, 6 de setembro de 2008

Novamente sonhei com aranhas....

Dessa vez resolvi escrever.....
Algum psicólogo junguiano porventura poderia me ajudar?
Já perdi a conta de quantos sonhos tive com aranhas
Contudo, a aranha de ontem merece nota no blog: era espetacularmente grande!
Sabe aquela do filme Senhor dos Anéis? Era duas vezes maior!!
O sonho começa assim:
Estou com uma amiga que não vejo há muito tempo, amiga da infância. Pegamos o carro e fomos para o clube de campo em que eu era sócia na adolescência. No sonho eu era adolescente. Não sei por qual motivo, não entramos no clube pelo portão convencional, fomos no portaozinho escondido e enferrujado que fica na lateral.
Abri o portão, ele rangeu. O caminho era gramado, tinha um pouco de grama precisando ser cortada, mais a frente, uma árvore com caule e copas largas. Aproximo e vejo sobre as folhas muitas teias de aranha e vários ovos. Fico ali, distraída e observando os ovos. De repente, quando olho para as minhas pernas, elas estavam amarradas com umas cinco voltas da teia de uma aranha gigante, que me obsera de longe. Como eu tinha uma faquinha em meu bolso, corto a teia e saio correndo. Apareço em outro cenário, no alto de um barranco, cuja paisagem recorda um barranco da infância, onde eu brincava de escorregar com um papelão. Olho para baixo, a aranha gigante está me procurando. Daí em diante eu fujo o sonho inteiro da aranha que corre atrás de mim e nessa aventura, eu corro até por cima dos telhados das casas, corro, corro, corro, não me recordo se a aranha me pega, mas acho que não!
Alguma interpretação?

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Estarão as pessoas se transformando em marionetes de um tempo alucinante?

O Tempo.....
Inexorável
O Vento....
Compacto no tempo
A pergunta.....
Inquestionável
A pontuação
Desapareceu
A dúvida
Continua contínua
Não quero ser marionete
A pergunta
Existe compaixão

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O moço da poça vermelha

Seis horas da tarde
Movimento na rua e na calçada
Um aglomerado de pessoas curiosas, trânsito por causa do ocorrido
Um homem estendido no chão
Mistura de cheiro azedo com suor e gás carbônico
O topo da cabeça com uma cratera
Uma imensa poça vermelha
Um ônibus parado com o vidro estraçalhado
Muitos policiais
Me aproximo pra poder compreender os fatos
Converso com algumas pessoas
Muitos curiosos
Poucos indignados
O acidente ocorreu em frente ao supermercado
O homem, morador de rua, tentou roubar um inseticida e um desodorante
O segurança viu
O segurança o espancou
Quando o homem conseguiu se desvencilhar da surra
Saiu correndo em desespero
Foi atropelado
Gravemente ferido
O moço, sem identidade
O funcionário, defendendo seu emprego?
O supermercado, ileso
A ambulância ainda não chegou
A mídia?
Noticiou o roubo
Pergunta: noticiou o espancamento?
O desconhecido morreu
O povo, que se diz civilizado grita:
Um a menos para atrapalhar

sexta-feira, 11 de julho de 2008

As máquinas de fazer dinheiro


Hoje estive pela manhã num estabelecimento comercial, especificamente, local que faz exames demissionais e admissionais. Apinhado. Tinha gente saindo pelas janelas!
Então, já que eu tinha que esperar mesmo para fazer o meu exame demissional, e eu não conseguia ler meu livro emocionante do momento (Fenomenologia de um Brasileiro, do Vilém Flusser), por se tratar de um assunto que exige o mínimo de silêncio; me recorri ao Sodoku.
Não é que o negócio distrai mesmo? Meu namorado vivia falando isso e eu não acreditava, até que resolvi vivenciar. É. Vivenciando é diferente!
Fiquei eu lá no Sodoku, e o tempo passou: uma hora e vinte minutos: chamam por meu nome. Eu, completamente relaxada, sigo para a sala do exame segurando o jornal na mão. A doutora, com um gesto que parecia estar mostrando a mão para me cumprimentar. Doce ilusão, o gesto era para pegar a guia do exame que estava na minha mão. Descobri isso quando eu, sorrindo, quis retribuir o aperto de mão enquanto a doutora resmungava: Me dá logo a guia! E olhava no relógio.
A reação foi instantânea, mesmo que eu não quisesse meu corpo esboçou um beiço e houve uma curvatura na coluna. Sim, fiquei triste, ou melhor, frustrada.
Me sentei, guardei o jornal .
A doutora ia me interrogando como máquina, numa velocidade absurdamente velozzzzzzzz
Eu tentava ser simpática, explicar que já tive fratura na mão esquerda e leve protrusão discal na L4,L5...
Ela ia ticando o papel, fazendo o seu checklist, seguindo cronometradamente o roteiro.
Pediu para eu me levantar e fazer umas retroflexões...
Mas doutora, a minha protu.............aíiiiiiiiiiiiii
Pegou o medidor de pressão, EU devia apertar aquela bombinha.
Pensei: Oh, doutora, o trabalho é seu!!
Pra sacanear, fui apertando bemmmmmmm de-va-gar.
A doutora arrancou da minha mão e disse que minha pressão estava ótima.
Ela se despediu mandando eu assinar a guia.
Olhou no relógio.
Passaram-se 5 minutos
PRÓXIMO!

terça-feira, 8 de julho de 2008

Terça de 8 de julho

As terças feiras têm sido inebriantes....
Cena 1 - Um breve solilóquio

Capítulo Natureza - Vilém Flusser
Provocação: Os homens procuram destruir os montes e os térmitas procuram destruir as casas....


Toca o hino nacional

Entro nua enrolada num pano verde

O texto: Eu sou a filha da mãe, a mãe de todos, a santa bandalha. Vem pra dentro do meu ventre. Penetre em minhas matas como um inseto que vai consumindo a seiva da planta. Aproveite bem e acabe com tudo. Depois você se arrepende, vai na igreja, confessa, reza dois padre nosso, uma ave Maria e teus pecados serão retirados do mundo.Use e abuse, chupe meu sangue e mergulhe em minhas águas sedentas por tua ambição que consome e consome e consome.......


Cena 2 - Texto provocativo: o que falta aqui é a possibilidade de mergulhar a mão na terra viva, fazer com que se derrame entre os dedos e sentir o parentesco íntimo entre homem e terra.
Entro toda de preto, segurando muitos livros na mão, que vão formando um círculo...

Texto:
Quem sou eu em meio a tantas coisas preexistentes?
O que eu represento nesse mundo tão vasto?
Onde está a essência criativa que não vem?
Venho da terra que tem o nome de rio que dá peixes em tupi guarani
Meu pai teve um pequeno comércio, ele consertava equipamentos eletrônicos
Minha mãe era do lar e depois que os filhos cresceram resolveu trabalhar
Me criei na pequena Jundiaí, entre carrinhos de roleman, tobogã de terra vermelha e brincadeiras de esconde-esconde
Será que é por isso que eu me escondo?
Aprecio viver em cidades grandes e cinzentas
Elas fazem com que eu me sinta viva
Em meio a tanta coisa morta
Já fui executiva
Adorava consumir coisas fúteis
Hoje gosto de comprar livros
É meu vício
Também venho tentando ser artista
Semeio pensamentos
E na terra vida espero colher..... prazer?
Estou me procurando
Talvez eu me ache
Agora eu sou tão acaso!
Mas quem não é?
E pedindo licença a Manuel de Barros:
No meu morrer TEM uma dor de árvore.

segunda-feira, 7 de julho de 2008



Escrever [e dançar] é tantas vezes lembrar-se do que nunca existiu. Como conseguirei saber do que nem ao menos sei? assim: como se me lembrasse. Com um esforço de memória, como se eu nunca tivesse nascido. Nunca nasci, nunca vivi: mas eu me lembro, e a lembrança é em carne viva.
Clarice Lispector

quarta-feira, 2 de julho de 2008

O desenho da Lígia

Eu gostei
Daquele desenho
Duas caras
Facetas diante da gente
Deu vontade de chorar
Eu sou busca
Multifacetada

O brasileiro tem essência?

Criaram um selo marca Brasil
Pra falar do orgulho de ser brasileiro, exibindo bandeiras e festas que alienam
Puro invólucro, embalagem bonita
E o que tem lá dentro?
A parte mais interna de uma árvore é o cerne
Dizem que o âmago é a essência
E qual é a essência do brasileiro?
O Flusser diz que somos a mistura de três raças tristes e eu concordo com ele: o negro escravizado, o índio maltratado e o português mal acabado.
Botou-se tudo no liquidificador
Surgiu uma mistura.......
Ou será síntese?
Na mistura os ingredientes perdem parte da sua estrutura
Na síntese os ingredientes são elevados a novo nível
É... deu uma vitamina boa
Quando eu caminho na rua observando o mecanismo sutil de cada coisa
Vejo pessoas brancas, pretas, vermelhas, azuis, amarelas, verdes
Ontem passou por mim um homem verde
Não.... ele estava disfarçado de verde, mas ele era bege
Bem apático
E quantos apáticos não existem por aí?
Putzs, estou procurando a essência....
Só aparece cinza

terça-feira, 1 de julho de 2008

POEMINHA DO CONTRA
Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!
Mario Quintana

terça-feira, 24 de junho de 2008

A essência

Hoje eu conheci o Edélcio.... De um encontro de olhar, me despi de meus pré-conceitos. O Edélsio só quis segurar a minha mão enquanto me ajudava a carregar a mala pesada da mão esquerda. Na travessia (da rua) ele me ensinou duas simpatias e disse que me amava sorrindo com sua boca sem dentes. Despediu-se beijando minha mão, dizendo que um dia nós nos reencontraríamos e que ele lembraria da minha voz.

Perder-se para encontrar-se para perder-se?

Hoje a manhã foi amarela e rosa
Pular corda, pu-lar, puuuuular, pularrrrrrrrrrr, co-r-d-a, adroc ralup, raluuuuuuuuuuuppppppp
zip, zap, plac, toim oim oim oim
E baixa a ansiedade
E respira
E vira cambalhota... cadê a força no umbigo? cadê a visão periférica?
Ressssssssssspira
Vai pro centro vai e fica neutro
Resssssssssssssspira e não pira. Não vai pirar! Olha o neutro. qUEM??
E depois veio a Laica, a.... palavra?, Bucovski, o Gromelô do homem que nascia, a mo-ça-que-pa-re-ci-a-ro-bô e ía e vinha e ía e vinha e vinha vinha íaíaía, o tombo sem água e a água sem tombo no guarda-chuva mágico, o gringo que virou mendigo, o quebra cabeça de obra de arte de pergunta de perder-se e encontrar-se, a lógica do sentar-se, ã? e veio o imigrante na voz do Flusser.
Agora vamos para a Natureza e minha provocação é: A essência brasileira pode ser "vista" por um só ponto de vista
To nessa

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Injustiças

"Ser capaz de sentir indignação contra qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo. É a qualidade mais bela de um militante. "Ernesto Che Guevara

domingo, 1 de junho de 2008

"Tudo o que é reto mente. Toda verdade é sinuosa. O próprio tempo é um círculo." - Nietzsche


O que dizer? Como responder?

Hoje estive no Arsenal da Esperança, espaço que atualmente acolhe 1.150 homens que vivem em situações de risco. O Arsenal é uma casa de passagem. Esses homens ficam ali por 3 meses e tem o objetivo de acolher pessoas que por algum motivo não tem onde ficar. Nesses 3 meses as pessoas precisam se reestabelecer e sinceramente não sei como. Muitos questionamentos.....
Que país é este? Onde está a raiz do problema? Como resolver essas questões sociais? Como ter o mínimo de dignidade? Por que tem que ser assim? Por que é assim? Qual a nossa função enquanto artistas diante deste cenário? Compartilhar o que? Mostrar o que? Inspirar o que? Minha cabeça está pirando nestas indagações. Estou aqui pedindo respostas... Mas qual é a pergunta certa? Existe pergunta certa? P-O-R-Q-U-E????????????

quinta-feira, 29 de maio de 2008

FELIZZZZZZZZZZZZZZZZ

Puxa, quando você deseja algo e pede acreditando mesmo, e se prepara, uma mágica acontece.
Você certamente vai bailar no cometa cintilante sentindo a brisa no rosto.
Hoje estou só alegria
Les Commediens Tropicales aqui vamos nós embarcando na história do Pedrão!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Antes de dizer “eu te amo” para alguém, tudo em mim já ama, tudo em mim já tem que estar borbulhando e emanando “eu te amo”. Quando eu digo “saia daqui” para você, tudo em mim já está incomodado. Eu não posso falar antes disso. O grande barato do ator é ele ter esse tempo, que não pode ser muito prolongado para que os movimentos internos se estabeleçam antes da fala. Às vezes, é um milésimo de segundo, mas ele tem que esperar que tudo nele faça vibrar a palavra porque tudo vem antes em sensação.
Os pensamentos cotidianos,na verdade, te cerceiam muito. A primeira idéia surgiu quando eu era pequena. Eu adorava passarinho. Na minha casa, tinha uma gaiola, e um dia resolvi ver o passarinho sair voando. Qual não foi a minha surpresa ao perceber que as coisas não são como a gente acha que devem ser: eu abri a gaiola, mas o passarinho não saiu. Eu tinha seis anos e fiquei
espantada, sem entender. A liberdade! A liberdade! Durante anos, pensava naquela imagem, e percebi que todos nós temos esse mito do passarinho engaiolado dentro da gente.....

Ornitorrinco

O Brasil atual é uma espécie de ornitorrinco, animal estranho que não é nem uma coisa nem
outra. Taí, estou experimentando cruzamentos traduzidos em formas estranhas....

Você pode tornar real aquilo que deseja!


Meu amigo Ricardino, fala e eu assino embaixo! Estamos vivenciando um momento incrível aqui no planeta Terra. Muitas coisas estão acontecendo, coisas como: pessoas mudando de interesses profissionais, relacionamentos com
falsas bases desmoronando, eventos climáticos mais acentuados, o medo cada vez maior,
maior conscientização sobre o meio ambiente, as mentiras sendo desmascaradas etc. Bom, tudo isso vai continuar e aumentar em escala. Até ai nada de especial!
O mais importante é estarmos focados em descobrir nossa verdade interior e viver esta verdade.Desta forma, você desfrutará de uma vida sem medos e poderá atingir suas metas sem
dificuldade, sairá da ilusão e viverá na realidade, realidade esta, que é você quem cria.Estamos vivendo um momento de tremenda energia de mudança. Pegue uma carona nesta grande onda e apenas aprenda a equilibrar-se na prancha, a onda te levará até a praia.

sábado, 24 de maio de 2008

Tudo que não invento é falso

Estou tentando alinhavar os fatos para tecer um vestido de festa e poder bailar a noite inteira embalada pela doce música dos anjos
Não importa o quão ridículo possa parecer algo, o importante é você criar aquilo que tem em mente. Não tenha medo de arriscar, não tenha medo de ser criativo.