domingo, 5 de fevereiro de 2012

Semear o que queremos colher

Toda ação produz uma força energética que retorna a nós da mesma forma como foi gerada. Essa lei universal tem tradução físcia: como procou Isaac Newton, todo objeto jogado em uma direção volta com a mesma intensidade na direção oposta.
Outra forma de ver essa verdade é lembrar que só se colhe o que se semeia. É o que pontua a sabedoria popular: "Quem semeia ventos, colhe tempestade". De nada adianta querer feijão e semear alface. Da mesma maneira, se semearmos paz, receberemos paz; se semearmos amor, receberemos amor; se semearmos ódio, receberemos ódio. Esse é o eterno acerto de contas que o universo promove.
Amor e paz são componentes importantíssimos para a abundância. De que adianta a riqueza material acompanhada de desamor e intranquilidade? Para que a prosperidade se manifeste integralmente em nossa vida, devemos agir em benefício da felicidade e da prosperidade de todos aqueles que nos rodeiam também.
Em sânscrito, karma significa pura e simplestemente "ação". Cada ação gera, por sua vez, uma reação. A cada dia criamos à nossa volta uma teia de ações - que podem gerar alegria ou tristeza, saúde ou doença, paz ou caos.
De novo, para gerarmos bons karmas, precisamos, antes de mais nada, vivenciar o momento presente em sua totalidade. Só assim nos tornamos consicentes de tudo o que fazemos ou pensamos. Muitas vezes, nem reparamos em nossas ações, tão prisioneiros estamos dos nossos hábitos. Ficamos como um cão ou gato que corre atrás do próprio rabo, sem jamais chegar a lugar algum. No meio dessa corrida, nem nos damos conta de que estamos competindo sem chance de ganhar - nessa maratona, todo o esforço é vão.
Observar nossas escolhas nos torna ricos imediatamente - em informação sobre nós mesmos, sobre o que nos alegra ou não, sobre o que nos move ou não. Antes de optar, é bom analisar as consequências daquela opção - não só para nós mesmos, mas para todas as pessoas à nossa volta. Convém também perceber as sensações do nosso corpo: elas nos dão sinais e respostas sábias. Normalmente, nosso corpo nos manda mensagens, sinais de conforto e desconforto. Para alguns, a mensagem vem pelo plexo solar, para outros, pelo estômago.
Do livro: Ayrveda, Cultura de Bem Viver - Márcia De Luca e Lúcia Barros

Um comentário:

Marcos Wagner da Cunha disse...

Lendo esse teu texto, logo me ocorreu este outro, que levo sempre na lembrança:

DUAS REALIDADES COEXISTENTES. BASTA ESCOLHER!
Extraído de "As Cidades Invisíveis", último parágrafo, fala de Marco Polo ao imperador mongol:

"O inferno dos vivos não é algo que virá; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos por estar juntos. Existem duas maneiras de não sofrer nele. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno, e tornar-se parte dele a ponto de não percebê-lo mais. A segunda é arriscada, e exige atenção e aprendizado contínuos: tentar saber reconhecer quem e o quê, em meio ao inferno, não é inferno, e fazê-los durar, e dar-lhes espaço." -

Ítalo Calvino

Abraço

Marcos